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LiFi, substituto do WiFi

Teste com LiFi, substituto do WiFi, atinge transferência de 150 Mb/s



Pesquisadores chineses conseguem manter 4 PCs conectados à internet por meio de uma única lâmpada de LED.

O conceito de LiFi não é exatamente uma novidade. Há algum tempo pesquisadores tentam viabilizar sistemas que usam a luz para a transferência de dados, em vez das ondas de rádio utilizadas pelo WiFi.

E os estudiosos começam a apresentar resultados bem interessantes para essa tecnologia. Um dos relatos mais recentes, contado pelo Xinhua News, é o de uma pesquisa elaborada por Chi Nan, professor de tecnologia da informação da Fudan University, localizada em Shanghai, na China.

Nan e sua equipe conseguiram fazer com que quatro computadores permanecessem conectados à web por meio de uma lâmpada de LED de 1 watt, atingindo taxas de transferência de até 150 megabits por segundo.

Para o pesquisador, o LiFi é muito mais eficiente do que o padrão sem fio que usamos atualmente — primeiro porque o sistema em desenvolvimento não precisaria de milhões de antenas, que custam caro e ocupam bastante espaço, espalhadas pelo mundo.


O LiFi poderia usufruir inclusive da iluminação pública para a transferência de dados, tendo como única exigência o uso de lâmpadas de LED no lugar das tradicionais incandescentes. Porém, Chi Nan relata que a tecnologia ainda precisa percorrer um longo caminho para estar disponível comercialmente, pois ainda possui alguns desafios — como o fato de o desligamento da luz cortar completamente a troca de pacotes de dados.

Protótipos desse mecanismo estarão em exposição na China International Industry Fair, conferência que será realizada a partir do dia 5 de novembro em Shanghai. No vídeo acima, você pode conferir uma palestra (em inglês) de Harald Haas, professor da University of Edinburgh, exibindo o conceito e o funcionamento do LiFi pela primeira vez.

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Casa própria é sonho para 30% da população, segundo SPC


A questão orçamentária não inibe os 62% que, antes mesmo de receber o salário, já pensam nas compras supérfluas que farão no mês seguinte


Dinheiro: além da questão patrimonial, pesquisa constata que muitos consumidores são movidos por impulsos

Brasília – Três em cada dez brasileiros têm como principal sonho de consumo comprar uma casa ou mobiliar e reformar o imóvel próprio, de acordo com pesquisa divulgada hoje (22) pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) para traçar o perfil comportamental e hábitos do consumidor.


Mas, além da questão patrimonial, a pesquisa constata que muitos consumidores são movidos por impulsos, e não têm maiores cuidados em relação a só gastar dentro dos limites do próprio orçamento.

Caso, por exemplo, dos 47% de entrevistados que admitiram ter comprado, por impulso, algum produto que nem sequer chegaram a usar.

A questão orçamentária não inibe também os 62% que, antes mesmo de receber o salário, já pensam nas compras supérfluas que farão no mês seguinte, nem os 59% que se presenteiam apenas porque “eu mereço”.

O mesmo percentual dos que admitem ter ficado “no vermelho” porque comprou algum bem sem necessidade imediata.

Tem, ainda, os que são movidos pela aparência. Caso dos 33% que confessaram ter dado presentes acima de suas posses para impressionar; dos 43% que quando compram um produto recém-lançado, fazem questão de exibir a novidade; ou dos 21% que em companhia de amigos ou parentes em compras, extrapolam o próprio orçamento apenas para “não fazer feio”.

via  Exame



9 perguntas sobre infiltração e umidade


Quem tem problemas com umidade em casa sofre ainda mais em época de chuva. No departamento de Atendimento ao Leitor das revistas Arquitetura & Construção e Casa Claudia, o que não faltam são perguntas de moradores desesperados com as bolhas se acumulando nas paredes e goteiras no teto. Separamos abaixo algumas cartas que foram publicadas nos últimos anos nas revistas com dicas que podem ser úteis para quem sofre com a umidade.

1-) "Moro a 50 m da praia e sofro com o mofo nos armários. Forrar o interior dos móveis de laminado resolve?" Mônica Silvestre

Revestir o interior dos armários não diminui o problema. Afinal, haverá mais uma camada a impedir a ventilação da madeira. Para aumentar a circulação de ar, a decoradora Adriana Penteado, tel. (11) 3085-5957, sugere substituir o miolo das portas por uma trama de palhinha. Se isso não for possível, retire as portas inteiras e instale no lugar uma cortina de tecido ou de bambu, sugere. Se você não quiser reformar os armários, a solução é manter um desumidificador sempre ligado, afirma a arquiteta Katy Strand, tel. (11) 3061-1078. Segundo ela, instalar os armários a 2 cm de distância da parede e aplicar um impermeabilizante, como o Vedacit, na argamassa da alvenaria pode evitar o surgimento do problema.

2-) Como retirar a umidade do guarda-roupa? Marília

Faça um sachê de maravalhas (serragem em forma de fios) de cedro. Essa madeira absorve a umidade e repele insetos, diz a especialista em organização Cristina Papazian, tel. (11) 9304-1092, São Paulo. Ela sugere ainda colocar bicarbonato de sódio em um saleiro de vidro com tampa de inox no armário. Quando o pó empedrar, troque-o. Para embalar as roupas, prefira os sacos de TNT (tecido perfurado) em vez dos de plástico. Antes, porém, veja se há vazamento na parede do armário e conserte, diz a especialista Rosemeire Melem, tel. (11) 9369-3254.

3-) Como impermeabilizar a jardineira encostada na parede da minha casa, que está causando infiltração?  Marcos Barbosa Andrade

A manta asfáltica deve subir 30 cm e ficar embutida na parede. Depois, receb...
A manta asfáltica deve subir 30 cm e ficar embutida na parede. Depois, recebe argamassa estruturada.





















Segundo o arquiteto Antonio Rodrigues Netto, tel. (11) 3742-4368, há duas formas de evitar infiltração de água pela jardineira: revestir a parte interna de azulejos ou aplicar uma manta asfáltica. Em ambos os casos, é fundamental eliminar a umidade, começando por remover a terra e retirar o acabamento interno, deixando o tijolo exposto. Deve-se esperar cerca de três semanas para refazer a massa de cimento misturada a um isolante contra a umidade. Após a secagem dessa massa, é só assentar o revestimento cerâmico ou aplicar uma camada espessa de Neutrol, espécie de manta asfáltica, no interior da floreira. Facilite a drenagem da água colocando uma camada de seixos rolados no fundo da jardineira, outra camada de areia grossa e, por fim, a terra. Ainda que o serviço seja bem executado, adverte o arquiteto, é indispensável fazer uma inspeção a cada três anos, removendo toda a terra.

4-) Como soluciono a umidade num muro que tem a base revestida de basalto?  Cristina Saraiva

O jeito é impermeabilizar os alicerces, pois a água provavelmente está vindo do solo. Chame uma empresa especializada, que identificará a origem da infiltração e o jeito ideal de combatê-la. Se o muro for de tijolos maciços, por exemplo, será preciso retirar o revestimento, descascar 50 cm da parede, a partir do chão, e aplicar líqüidos cristalizantes, segundo a arquiteta Cirene Tofanetto, da Viapol, tel. (11) 5037-3400, São Paulo.


5-) Pretendo construir perto da praia. Como impermeabilizar os baldrames evitando que a umidade atinja a casa?  Carlos Pessanha

A argamassa aplicada sobre a superfície de concreto impermeabiliza tanto o piso quando a parede.

Divulgação
A argamassa aplicada sobre a superfície de concreto impermeabiliza tanto o p...




Há três jeitos de impermeabilizar essas vigas que correm ao longo das fundações. Uma é utilizar argamassa com hidrofugante na superfície de concreto e também no assentamento das três primeiras fiadas de tijolos. O tratamento também pode ser feito com argamassa polimérica (mistura de cimento e resina, comprada pronta). A terceira opção é colocar nos baldrames uma manta asfáltica, mas isso requer mão-de-obra especializada. “Recomendo a massa polimérica. Ela é mais eficiente do que a argamassa com hidrofugante e sai mais em conta do que a manta”, opina o arquiteto Aldo Rabak, tel. (11) 5532-1191, São Paulo, SP.


6-) Como evitar que a umidade do solo estrague o piso de pau-marfim que pretendo instalar no térreo de uma casa? Denny Almeida

Se o contrapiso ainda não estiver pronto, convém adicionar um impermeabilizante à argamassa para reforçar.

Se o contrapiso já estiver pronto, pode-se passar um impermeabilizante sobre ele. O engenheiro Roberto Pinheiro Machado, da Otto Baumgart, recomenda a massa plástica à base de cimento Vedajá. Ele explica que os dois componentes (um pó e um líquido) devem ser misturados apenas na hora da aplicação, feita com broxa em três demãos. Dê um intervalo de seis horas entre cada uma. Porém, se for o caso de ainda fazer o contrapiso, adicione um impermeabilizante à argamassa. Uma opção é o látex acrílico Baucryl 5000, da Quimicryl. Segundo o diretor técnico José Chagas, você deve diluir o produto na água (proporção 1:3) antes de colocá-lo na argamassa de cimento e areia.


7-) Minha casa tem um ano e meio e algumas bolhas na parte de baixo das paredes externas. O que fazer? Carlos Cesar Angelozi

No caso de umidade em áreas externas, é preciso saber primeiro se o problema vem da ação das chuvas ou do solo para, depois, fazer a reforma.


“A causa mais provável é a ascensão da água do solo pela base da parede ou mesmo a ação de respingos de chuva”, explica Claúdio Vicente Mitidieri Filho, da divisão de engenharia civil do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT). No caso da ação da chuva, ele sugere remover o reboco danificado, executando em seu lugar uma barra de argamassa misturada a um impermeabilizante com cerca de 60 cm de altura, e depois pintar toda a superfície. Se o problema vier da umidade que sobe pelas fundações, injete nos tijolos (50 cm acima da manifestação da mancha, em furos feitos com furadeira a cada 10 cm) produtos como o Kiesey Hey’di, da Viapol, ou o Barra Seca, da Denver, que se cristalizam, formando uma barreira contra a umidade. Os fabricantes alertam que esse método só vale para paredes de tijolos maciços. Blocos e tijolos de barro vazados exigem remover o reboco até chegar a eles, nivelar a superfície com argamassa de cimento e areia, aplicar produtos como o DenverTec 100, da Denver, ou o Viaplus 1000, da Viapol, rebocar e pintar.




8-) Os construtores não querem se responsabilizar por uma infiltração que se espalhou por toda a minha casa. Como resolver o problema? Renato Lino

Se a infiltração é causada por um erro da construtora, o que pode ser apurado numa perícia, ela terá a obrigação de pagar pela reforma ou reembolsar os reparos feitos.

Primeiro, você precisa ter o orçamento do conserto. Caso o valor esteja abaixo de quarenta salários mínimos, o assunto poderá ser discutido no Juizado Especial (antigo Juizado de Pequenas Causas), sem custos com advogado. Porém, se o juiz achar necessário fazer uma perícia, aí o caso irá para a Justiça Comum. Em ambas as situações, se for apurado que a infiltração acontece devido a um erro da construtora, dois tipos de ação legal podem ser tentados: obrigar os construtores a consertar os estragos ou a reembolsar os reparos (caso você já os tenha feito). Luiz Carlos Silva Machado advogado em Belo Horizonte, MG


9-) Quero instalar janelas no telhado uma acima da cama e outra sobre a banheira. Como evitar infiltração?  Marília Chamoun

 
Para janelas no telhado é preciso saber qual o modelo compatível com a cobertura e a inclinação. É recomendável que a instalação seja feita pelo fabricante, para saber o ponto certo de incluir rufos (chapas metálicas que evitam infiltração) e vedações.  Existem modelos nacionais e importados que aumentam a luminosidade e a ventilação dos ambientes. 

O arquiteto Carlos Varela, da Cabral Arquitetos, de Porto Alegre, sugere alguns: Velux (Formatto), EuroStar (Eurocentro), Luminar (Zocca Telhados) e Tégula (Lafarge). Todas apresentam boa vedação, vidros duplos e cortinas internas para barrar a luz”, diz. “Antes de comprar, verifique se o modelo escolhido é compatível com a cobertura”, fala o arquiteto Luiz Fazio, de São Paulo. “Os da marca Luminar são próprios apenas para telhados com inclinação maior que 30% (16 graus)”, exemplifica Dorival Ungaro, proprietário da Zocca Telhados, em São Paulo. Outra ressalva: “Para evitar infiltrações e danos ao telhado, solicite que o próprio fabricante instale a janela, pois é necessário cortar caibros e ripas no ponto certo e incluir rufos e vedações”, explica Fazio. “A estanquidade da esquadria e a integridade do telhado devem constar do contrato.”



Saiba quando você pode sacar o seu FGTS

Casa submersa em enchente: até em caso de desastres naturais ou doenças graves é possível resgatar os recursos do FGTS

São Paulo – O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) foi criado na década de 1960 como uma reserva de emergência para os trabalhadores demitidos sem justa causa. No início de cada mês, os empregadores devem depositar, em contas específicas abertas na Caixa, o valor correspondente a 8% do salário de cada funcionário. Embora pertença ao trabalhador, esse dinheiro só pode ser resgatado em situações especiais, justamente por se tratar de uma espécie de seguro.

Têm direito ao FGTS os trabalhadores com carteira assinada, os empregados domésticos com carteira assinada (ainda é facultativo, mas será obrigatório após regulamentação), os trabalhadores rurais (incluindo os safreiros, que são temporários), os trabalhadores temporários e os avulsos, e os atletas profissionais.

Financeiramente, resgatar o FGTS sempre que possível é a medida mais racional a se tomar, desde que o dinheiro não seja torrado em consumo tolo, é claro. Isso porque o fundo rende apenas 3% ao ano, perdendo de longe para a inflação – o que, na prática, é o mesmo que perder dinheiro. Veja a seguir em que situações você pode resgatar o seu FGTS:

- Demissão sem justa causa;

- Na compra de um imóvel residencial próprio, como entrada, liquidação ou amortização de financiamento imobiliário, à vista ou como amortização de consórcio imobiliário, desde que o trabalhador e o imóvel atendam a certas regras.

- Término do contrato por tempo determinado;

- Término do contrato por culpa recíproca ou força maior, segundo determinação do Juiz;

- Suspensão do trabalho avulso por período igual ou superior a 90 dias;

- Na rescisão de contrato por extinção da empresa empregadora; término de parte de suas atividades; fechamento de quaisquer de seus estabelecimentos, filiais ou agências; falecimento do empregador individual ou decretação de nulidade do contrato de trabalho;

- Aposentadoria;

- A partir do momento em que o trabalhador completa 70 anos;

- Falecimento do trabalhador (no caso, o saque é feito pelos dependentes);

- Trabalhador ou um dos dependentes portador do vírus HIV, câncer ou doença em estágio terminal;

- Necessidade pessoal, urgente e grave, decorrente de desastre natural causado por chuvas ou inundações que tenham atingido a área de residência do trabalhador, quando a situação de emergência ou estado de calamidade publica forem assim reconhecidos, por meio de Portaria do Governo Federal (até o valor de 5.400 reais);

- Quando a conta do FGTS permanecer sem depósito (inativa) por três anos ininterruptos, desde que o afastamento tenha ocorrido até 13 de junho de 1990;

- Quando a pessoa permanecer fora do regime do FGTS por três anos ininterruptos, desde que o afastamento tenha ocorrido a partir de 14 de julho de 1990 (nesse caso, o saque pode ser feito apenas no mês de aniversário da conta, mas o direito já vale a partir do momento em que o afastamento completa três anos);


Um dos usos mais conhecidos para o FGTS é a compra da casa própria, que pode ser feita sob certas condições. É possível quitar o imóvel à vista, dar entrada em um financiamento ou amortizar parcelas de um financiamento ou consórcio imobiliário com esse dinheiro.


Também é preciso respeitar algumas regras.Recentemente, tornou-se possível financiar um imóvel residencial urbano de até 650 mil reais, sendo este limite de 750 mil reais nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, além do Distrito Federal.

A pessoa tem que ter no mínimo três anos de trabalho sob o regime do FGTS e não possuir imóvel próprio na cidade onde reside ou trabalha. 

A cada dois anos, pode-se usar novamente o saldo do FGTS para amortizar parcelas do financiamento ou do consórcio. Se o comprador do imóvel tiver uma reserva de emergência investida em aplicações financeiras conservadoras para eventualidades – como a perda do emprego – ele pode usar todo o seu saldo do FGTS para ir amortizando seu imóvel, a fim de quitá-lo mais rápido.

O importante é não se descuidar dos imprevistos, pois vender um imóvel para liberar recursos é custoso e difícil, e de qualquer forma você vai precisar de um teto. 




O ônibus Tindo Solar

O ônibus Tindo está circulando desde fevereiro nas ruas de Adeleide, Austrália. Ele é totalmente abastecido por energia solar, tem capacidade para 40 pessoas sentadas e oferece ar-condicionado e wi-fi aos passageiros. O veículo não cobra tarifa, pois não existe gastos com energia elétrica ou combustíveis.

Divulgação - O ônibus foi produzido na Nova Zelândia

Desde fevereiro, ele já percorreu mais de 60 mil quilômetros, economizando 14 mil litros de diesel e livrando a atmosfera de 70 toneladas de gases poluentes.

Ele tem autonomia de 200 quilômetros em condições climáticas normais. O mecanismo de freio ajuda a aproveitar a energia do veículo, um sistema de frenagem regenerativa, transforma o impacto dos freios em força, economizando cerca de 30% do consumo.

O veículo faz parte da frota da Adelai Connector Bus, companhia de transporte público, que pretendia reduzir as emissões de carbono.



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Casa em terreno inclinado

Casa em terreno inclinado ganha leveza com estrutura de madeira. No topo de Ilhabela, esta casa flutua sobre a mata. O dono, que está morando nos EUA, não vê a hora de voltar. E pretende fazer isso de um jeito especial: velejando.


Pairando sobre a copa das árvores, a varanda acompanha todo o andar superior, onde se situam os quatro quartos da morada. Projeto da arquiteta Flávia Cancian.

Na entrada já se enuncia a exuberância da vegetação do terreno. Ela forma um cinturão verde entre a casa e o mar, 100 m abaixo. Projeto da arquiteta Flávia Cancian.

A construção ocupa um trecho alto do terreno, levemente rebaixado em relação à rua. Esse posicionamento, estudado para obter as melhores vistas da paisagem e resguardar a casa, pediu uma intervenção no lote, que tem 30% de inclinação (repare no muro de contenção, à esq. na foto). Projeto da arquiteta Flávia Cancian.


Plana, a cobertura é composta de placas cimentícias, lã de rocha (para o isolamento térmico) e manta termoplástica (alwitra). “Essa é uma boa solução para locais onde venta muito”, indica a arquiteta Flavia Cancian.

Revestida de pastilhas de vidro (Colormix), a piscina aproveita a face mais privilegiada da casa em termos de paisagem e insolação. Deck de cumaru da Pau-Pau Pisos de Madeira e esquadrias de alumínio da Kiko Esquadrias. Projeto da arquiteta Flávia Cancian.



Esta sala, entre os três quartos menores e a suíte principal, foi pensada para acomodar um escritório. Hoje, funciona como uma extensão da varanda. É dali que se tem a melhor vista, da baía ao continente. Projeto da arquiteta Flávia Cancian.



1 - Força na base: do térreo para baixo, a estrutura é de concreto. Dois tubulões principais descem a 1,55 m de profundidade. Ao longo do muro de contenção, tubulões menores chegam a 60 cm. Nas escavações, sempre que se batia numa pedra, reestudava-se o conjunto e realizavam-se as adaptações necessárias.

2 - A piscina ajuda: em balanço (sem apoios), ela passa a impressão de exigir mais da estrutura. Ao contrário: como num jogo de força e equilíbrio, essa situação, calculada no projeto, faz com que seu peso ajude a ancorar a casa, que está apoiada na outra extremidade.

3 - Leveza no topo: o paliteiro de cumaru (Ita Construtora) sustenta o piso superior e a cobertura. “A modulação das duas linhas de pilares sugeriu a organização dos espaços”, diz a arquiteta. Fornecidas já na medida, as peças deram origem a um esqueleto, montado em trinta dias.

Área: 642 m²; Colaboradores do projeto: Luciana Bacin, MarIa Cristina S. Martini, Rafael Frajndiich, Tatiana Antonelli,Tiago Kuniyoshi, Tiago Oakley; Construção: Casemiro Lorena e Antonoo Ponchoc; Fundações: ApoIo Assessoria e Projetos de Fundações; Estrutura de concreto: Eduardo DuPrat / Benedictis Engenharia; Estrutura de madeira: Ita Construtora;Instalações: Pessoa Zamaro; Luminotécnica: Reka Iluminação





Cohousings: vilas comunitárias chegam ao Brasil


Criadas na Dinamarca, as cohousings espalham-se pelo mundo e chegam ao Brasil, pregando um morar leve no planeta e que descomplica a rotina das famílias.

É quase um condomínio, no qual cada família tem seu espaço privativo. A diferença está na possibilidade de reduzir o tamanho das casas ou dos apartamentos em troca de ambientes usados por todos. Um exemplo é a lavanderia comunitária, em que três ou quatro máquinas de lavar resolvem a demanda de dez ou mais grupos. 


Nas cohousings – que surgiram na Dinamarca nos anos 70 e hoje são comuns principalmente na Europa, nos Estados Unidos e no Canadá –, é assim também com a biblioteca, a horta, a oficina, a brinquedoteca, o refeitório, a sala de TV e, em alguns casos, até os carros. “Compartilhar diminui o consumo e o impacto ambiental, além de facilitar o dia a dia dos moradores, que ganham qualidade de vida, com menos necessidade de trabalho e dinheiro”, afirma o arquiteto Rodrigo Munhoz, do escritório Guaxo Projetos Sustentáveis, de Piracicaba, SP. 


Desse modo, as pessoas se sentem mais seguras, num clima de vida no interior, embora tenham acesso a tudo o que a cidade grande oferece”, completa Munhoz, que está formando um grupo para criar em sua cidade a primeira cohousing brasileira, com habitações sustentáveis, princípios de boa vizinhança e cotidiano menos dispendioso.


Selo verde: LEED certifica antigos escritórios recuperados

Abandonado, o projeto Eastern Village Cohousing, da Eco Housing Corporation, em Silver Spring, nos Estados Unidos, renasceu em 2004 com 54 apartamentos. Recebeu o selo do Conselho de Green Building pela boa performance ambiental, que inclui telhado verde, pátio interno com jardins no lugar do antigo estacionamento e soluções de reúso da água da chuva. Ah, as unidades são aquecidas com energia geotérmica.


Centro de educação: moradores dividem suas boas soluções com os visitantes

Na zona rural de Gillingham, na Inglaterra, o The Threshold Centre organiza cursos para disseminar seu modo de vida partilhado, com alternativas que suavizam os danos ao meio ambiente das 14 residências e dos espaços comuns. Há placas fotovoltaicas, sistema de reaproveitamento de água da chuva para abastecer a lavanderia comunitária e hortas orgânicas. Na vila, inclusive bicicletas e carros são divididos.




Casa tem jardim cheio de árvores e pássaros raros

Casa em Goiânia tem jardim cheio de árvores e pássaros raros.  Com aberturas grandes na face sul e pequenas na fachada norte, casa em Goiânia conquista frescor.


A massa verde lá atrás é uma área de mata preservada, pertencente ao condomínio fechado onde a residência está. Acaba funcionando como uma continuação do jardim de 700 m², que tem deck de ipê e piscina de pastilhas de vidro, compradas na Sicmol. Na lateral, a parede da cascata é de pedra-ferro. Projeto de Frederico Bretones e Roberto Carvalho. modo slideshow “Os fundos do lote de 1250 m² dão para essa mata, a cidade ao longe. Para não desperdiçar tal contato, o projeto ocupou ao máximo a largura de 27 m do terreno, o que deixou sobrar mais área verde atrás”, explica o arquiteto Frederico Bretones, autor da obra em parceria com Roberto Carvalho.


 Tudo então se mistura num grande quintal, com piscina, árvores, gramado. E, claro, a residência se volta inteiramente para ele. “Abri todos os ambientes para os fundos – não apenas por causa da paisagem mas também para evitar que a construção ficasse devassada para os imóveis laterais”, continua Frederico. 


Assim, as salas de estar, jantar e TV, no andar de baixo, e os quartos, em cima, são fechados com grandes portas de vidro, protegidas por varandas. Como estão na face sul, não correm o risco de virar uma estufa. A fachada norte, onde bate mais sol, é a da frente. “Daí sua composição praticamente vedada, para evitar o calor excessivo, já que Goiânia tem temperaturas elevadas quase o ano todo.” 


São janelas pequenas, de cômodos secundários, como banheiro e saleta íntima. “Essas janelas foram pensadas de forma a criar um jogo gráfico, reforçado pelo traçado dos frisos de alumínio que cortam a superfície texturizada.” Da mesma maneira, a garagem surge num volume avançado, à esquerda. Já no outro lado, a casa parece solta do chão.


 “Ao olhar a frente, você tem a impressão de que ela está suspensa, o que traz leveza ao conjunto. Isso acontece porque o terreno é inclinado à direita e para os fundos, e a estrutura de pilares fica bem ali, no plano desse deck externo, que surge em balanço.” Uma espécie de moldura, revestida por dentro de ipê, arremata o visual da caixa retangular. Porém não se trata somente de uma solução estética: funciona também como beiral, oferecendo sombra para quem chega. Ou abrigo quando chove. 


A tantas linhas retas, se opõem o apelo quente da madeira e dos tons de marrom. São eles que fazem da morada um lugar acolhedor e convidativo – até mesmo para os pássaros. “Todos os dias, às 6 horas da manhã, eles pousam no guarda-corpo da varanda dos quartos e ficam bicando o metal”, conta o proprietário, Victor. Devem ter combinado: é hora de acordar, viver a boa vida no cerrado.