Surpreendente é a definição do mercado imobiliário para o desempenho do setor em 2013. Especialistas acreditavam que os preços de imóveis iam se estabilizar, mas eles subiram mais do que a inflação, valorizando quase 15%.
— A gente achava que o ano, em relação às vendas, seria de acomodação e que a valorização seria em torno da inflação. No fim, vimos que ela (valorização) foi um pouco maior, ficando em torno de 15% — afirma Leonardo Schneider, vice-presidente do Sindicato da Habitação do Rio (Secovi Rio).
Segundo Schneider, isso acontece devido à alta procura por imóveis, aos investimentos feitos em alguns bairros no Rio e à estabilidade econômica, além da alta do dólar e do aumento de financiamentos.
João Paulo Matos, presidente da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi), classifica o ano como “muito bom”:
— O mercado está produzindo um número de unidades muito próximo ao de 2012, e, do ponto de vista do valor geral de vendas (VGV), ficou bem acima do ano passado, o que significa que o preço dos imóveis continua subindo.
A única preocupação, de acordo com João Paulo, foi o congelamento de alguns bairros da cidade, como Freguesia e Recreio, na Zona Oeste que, por causa de um decreto do prefeito Eduardo Paes, ficaram proibidos de receber novos lançamentos.
Para ele, entre as regiões que tiveram destaque, estão Recreio e Jacarepaguá, além de bairros do subúrbio carioca, como Penha — que não recebia lançamentos há mais de 20 anos —, Cachambi e Maria da Graça.
De acordo com dados do Secovi Rio, o bairro que mais valorizou foi Bangu. Na outra ponta, está o Leblon.
— Bangu demorou muito para valorizar como as outras regiões, e, agora, está recuperando o que não tinha subido. O Leblon já chegou no teto. Então, começa a ter estabilização — explica Leonardo.