A maioria das cidades onde houve queda do preço de casas e apartamentos no ano passado fica no Nordeste. A maior baixa, de pouco mais de 8%, ocorreu no mercado de imóveis usados em Aracaju. Em seguida, aparecem Maceió, com uma redução de quase 4%, e São Luís.
A queda de preço se deve ao excesso de construções dos últimos anos. Em Maceió, o total de lançamentos mais do que dobrou de 2010 a 2013 — em razão do excesso de oferta, 45% dos 1 800 imóveis disponíveis no Feirão da Caixa Econômica do ano passado não foram comercializados.
“Para vender, algumas incorporadoras têm feito promoções. Os imóveis novos passam a competir com os usados, e isso derruba os preços”, diz Sérgio Freire, presidente da corretora Brasil Brokers. Diante disso, as incorporadoras reduziram de forma expressiva os lançamentos na maioria das cidades do Nordeste.
Em Recife, o total de casas e apartamentos novos diminuiu 52% em 2013. Em Salvador, a queda foi de 38%. Com isso, as empresas vêm conseguindo diminuir a quantidade de imóveis desocupados, que havia batido recorde em 2012 — o que, em tese, pode levar a uma recuperação dos preços no ano que vem. A exceção é Fortaleza.
O número de lançamentos cresceu, e os preços continuam subindo — a valorização do metro quadrado dos imóveis usados foi de 14,5% no ano passado, e a dos novos, de 6,5%. Uma explicação é que boa parte dos novos imóveis é voltada para as classes C e D, que continuam comprando com subsídios do governo.
Além disso, as obras de infraestrutura para preparar a cidade para receber jogos da Copa do Mundo — por exemplo, o alargamento de avenidas, a construção de viadutos e túneis e a criação de mais linhas de ônibus — estão valorizando alguns bairros.
O metro quadrado mais caro do Nordeste continua sendo o dos imóveis novos em Recife, 5 804 reais. O mais barato é o de Parnamirim, cidade que pertence à região metropolitana de Natal: custa, em média, 2 007 reais, segundo a pesquisa da Fipe.
Imóveis usados - Salvador
Preço médio do metro quadrado | Bairros |
---|---|
De 1 500 a 2 250 | Cajazeiras, Iapi, Mata Escura, Mussurunga, Pau da Lima e Ribeira |
De 2 300 a 2 550 | Bonfim, Caixa d’Água, Canabrava, Doron, Nazaré, Nova Brasília, São Marcos, São Rafael e Saúde; |
De 2 600 a 2 850 | 2 de Julho, Engenho Velho de Brotas, Itapuã, Jardim das Margaridas, Roma, Santa Tereza, Sussuarana e Trobogy |
De 2 900 a 3 200 | Amaralina, Barbalho, Bonocô, Luís Anselmo, Matatu, Pernambués, Resgate, Saboeiro e São Cristóvão |
De 3 300 a 3 700 | Barris, Brotas, Cabula, Centro, Costa Azul, Politeama, Praia do Flamengo e Stella Maris |
De 3 750 a 4 000 | Acupe de Brotas, Av. Centenário, Campo Grande, Candeal, Chame-Chame, Garcia, Imbuí, Parque Bela Vista, Piatã, Stiep e Vila Laura |
De 4 100 a 4 500 | Alto do Itaigara, Barra, Boca do Rio, Canela, Graça, Iguatemi, Jardim Apipema, Paralela, Pituba, Rio Vermelho e Tancredo Neves |
De 4 600 a 5 250 | Cidade Jardim, Engenho Velho da Federação, Federação, Horto Bela Vista, Itaigara, Jardim Armação, Patamares e Pituaçu |
De 5 300 a 5 600 | Alphaville, Caminho das Árvores, Le Parc, Morro do Gato e Ondina |
De 5 700 a 5 900 | Aquarius, Garibaldi e Jardim de Alah |
De 6 250 a 6 500 | Horto Florestal, Jaguaribe e Vitória |
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