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Afinal, o que é a terrível Lei de Murphy?


Entenda de onde vem essa expressão


"Se alguma coisa pode dar errado, dará". Foi com essa frase que Edward Murphy, um capitão da Força Aérea Americana, "criou" a Lei universal que assombra até hoje os azarados. 

 Tudo começou em 1949, quando Edward Murphy era um dos engenheiros responsáveis por um projeto que testava os efeitos da desaceleração rápida em pilotos de aeronaves. Para conseguir fazer essa medição, ele construiu um equipamento que registrava os batimentos cardíacos e a respiração dos pilotos. O aparelho foi instalado por um técnico, mas ocorreu uma pane e Murphy foi chamado para consertar o equipamento. Só naquele momento, descobriu que a instalação estava toda errada. E adivinhe qual foi a frase dita por ele nesse momento? Exatamente, aquela com a qual iniciamos essa matéria. Depois disso, durante uma entrevista, a frase foi repetida e ganhou o mundo. 

Mas embora a Lei de Murphy, sempre envolta em senso de humor, tenha se tornado praticamente uma lenda urbana e aparentemente seja uma verdade simples e indiscutível, existem algumas explicações científicas - principalmente ligadas à teoria da probabilidade - para diversas das teorias que compõem a Lei. 

Outro fator extremamente importante que nos faz pensar que as coisas sempre dão errado é a nossa memória seletiva, que geralmente lembra apenas dos momentos em que a Lei de Murphy funciona. Quando tudo sai da maneira como deveria ser, nós quase nunca percebemos... 

O pão cai sempre com a manteiga para baixo 


A chance do pão cair tanto com a manteiga voltada para baixo ou para cima é de 50%, fifty fifty! Tudo depende de uma série de fatores, como por exemplo, se você está em pé, sentado etc. A queda é imprevisível, porém, na maioria das vezes a torrada cai de cima de uma mesa, onde está com a manteiga para cima. Se pensarmos na força da gravidade e na altura das mesas comuns, uma torrada não tem tempo - nem energia - suficientes para dar uma volta completa em seu próprio eixo, ou seja, precisaríamos de uma mesa de uns três metros de altura para ela completar o giro de 360º e cair da mesma maneira que estava em cima do móvel. 

 A fila do lado sempre anda mais rápido 


Nem sempre é assim que funciona, geralmente é apenas impressão sua. O tempo é a variável igual para todos, mas uma coisa é o tempo físico e outra, o tempo percebido - aquela sensação de que o tempo demora para passar, por exemplo, quando são 17h e o seu expediente de sexta-feira acaba às 18h. 
No caso da fila, a sensação de ser ultrapassado é mais significativa para o nosso cérebro do que a de deixar as outras pessoas para trás, ou seja, quando você ultrapassa vários carros no trânsito geralmente não percebe, mas quando sua fila para por alguns minutos tem a sensação de que todos os carros da cidade passaram por você enquanto estava parado. 

Ruas escondidas no mapa


Ok, estamos em uma época na qual o GPS é rei, mas quando usávamos guias de papel para encontrar o endereço, o destino estava sempre na junção das páginas, no local mais difícil de visualizar. 

Culpa do Murphy? Nem sempre. 

Explicações matemáticas que unem a teoria da probabilidade e a geometria podem explicar. Pegue um mapa quadrado e isole as beiradas e a região em torno da dobra central. Considerando a área destacada e área total, os cálculos apontam que as chances de uma rua qualquer cair na "zona de Murphy" são de 52%. 

Guarda-chuva que espanta a chuva 



Quem nunca saiu de casa com aquele guarda-chuva gigante - e inconveniente - jurando que ia chover, mas acabou voltando para a casa com ele sequinho? O que acontece é que a chuva é um fenômeno mais raro do que se imagina. Matematicamente, a chance de chover em determinado horário é sempre menor que a de haver sol ou apenas céu nublado. Então, mesmo que o serviço meteorológico preveja chuva para o dia seguinte, a possibilidade de que chova no exato momento em que você sair à rua é bem pequena. E aí, sentiu-se um pouco menos azarado depois de ler essa matéria? Então pare de culpar Murphy por tudo de errado que acontece no seu cotidiano, afinal, o coitado também foi uma vítima da sua própria Lei!








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