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PROJETO SUSTENTÁVEL



O acabamento veio do quintal


A natureza é perfeita! Na fachada, a pintura foi feita com terra vermelha retirada do próprio terreno, o que rendeu uma economia de R$ 5 mil.

  
No início, a casa de campo era apenas para passar os fins de semana com a família e os amigos, mas, em novembro de 2010, os proprietários, pais da arquiteta Danielle Duarte, decidiram trocar o conforto da cidade pela tranquilidade da fazenda.


Para tornar a propriedade mais agradável e funcional, os moradores pediram à filha que conduzisse uma reforma superficial e econômica.

 Como a casa vive sempre cheia, a quantidade de dormitórios e banheiros foi alterada, assim como o pé-direito, visando conforto térmico.

"Minha mãe é uma cozinheira de mão cheia, por isso exigiu que eu projetasse uma cozinha ampla e uma varanda bem espaçosa para reunir a família em volta da mesa", conta a arquiteta.


As estruturas de madeira e o telhado foram totalmente refeitos e ferragens novas, inspiradas nas fazendas antigas, foram instaladas.

A tinta natural à base de água, terra, base líquida e selador acrílico não contém pigmentos adicionais


 




A caiação dos caixilhos no tom azul-turquesa foi fixada com verniz fosco. O efeito envelhecido foi conquistado com uso de lixa



O ANTIGO VERMELHÃO
Típico das casas rurais, o chão "vermelhão", como é chamado popularmente, foi aplicado nas área interna e externa da casa, com exceção dos banheiros e da cozinha. O piso é de cimento queimado pigmentado na cor vermelho tradicional - versão mais comum e acessível. Para torná-lo mais atraente, a arquiteta espalhou recortes de azulejo hidráulico; embaixo da mesa de Angelin Pedra, em que a família se reúne para fazer as refeições, chegou a criar um tapete com o revestimento. O lustre foi herdado pelos moradores e acentua o estilo campestre.





Sala de recepção

Como a fazenda da família Duarte produz a cachaça orgânica - que utiliza apenas recursos naturais, desde a adubação da cana-de-açúcar até o processo de fermentação da bebida -, há um espaço especial dentro da casa para o armazenamento da aguardente e recepção dos clientes. 

As garrafas ficam protegidas em antigos tonéis de carvalho, usados para o envelhecimento da cachaça, que foram adaptados e transformados em móveis originais e exclusivos. Esse espaço, o mais concorrido da casa, também é dedicado à degustação de licores, geleias e doces produzidos na fazenda.




Os recortes de azulejos hidráulicos espalhados pela casa custaram R$ 3 cada peça



Os caixilhos foram pigmentados de azul também por dentro. O efeito que lembra madeira de demolição foi conseguido com lixa

Ampliações
O pé-direito agora tem 4,5 m, o que proporciona melhor circulação do ar, com isso, a sensação térmica dentro de casa é beneficiada. As estruturas de eucalipto do telhado e as telhas cerâmicas ficam aparentes, por opção da moradora.


A cozinha ampla foi uma exigência da mãe de Danielle, que aprecia a arte da culinária. A bancada que circunda todo o ambiente é de granito verde Ubatuba, o mesmo usado no banheiro, que juntos custaram R$ 900.

A cerâmica da cozinha custou R$ 14 o m² e foi customizada pela moradora, que é artista plástica.

Projeto: Danielle Duarte
Pintura com terra: Elton
Pintura em azulejo: Maria Lúcia Duarte


Fonte:   Construir Mais Por Menos

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