A casa é sustentada por pilares de madeira pínus. Todos possuem, em média, 12,5 cm de espessura.
A morada de 162 m² fica no topo de uma colina em Santo Antônio do Pinhal (SP), a casa foi feita com toras de madeira (pínus), em apenas cinco meses. E o melhor: a espécie é proveniente de reflorestamento e não agride o meio ambiente. “Cresce rápido e logo é substituída”, explica Luiz Fernando Bressan, engenheiro responsável pela edificação e proprietário da empresa Casabella – Casa de Madeira. O sistema também é mais barato – chega a custar 20% menos do que o usual.
As toras passam por um processo chamado de autoclave, que traz resistência e protege contra fungos e insetos
Com quantos paus se faz uma casa
Para erguer uma casa como esta, Bressan, especialista no assunto, faz o projeto e verifica quantas toras serão necessárias. Em seguida, as numera – uma por uma – e encaminha para a montagem, como um quebra-cabeça. Todas são posicionadas na horizontal e vêm com furos para a passagem da fiação elétrica. O sistema de encaixe é do tipo macho e fêmea, com a sobreposição das peças e fixação a partir de pregos e massa de vedação. Um dado importante: a madeira recebeu stain incolor (Osmocolor, da Montana), que protege contra intempéries.Madeira, um material repleto de benefícios
A madeira pínus apresenta baixa densidade e não corre o risco de empenar, estalar ou trincar – ou seja, evita futuras dores de cabeça! Essas características também ajudam a garantir conforto termoacústico no interior da morada. “É uma casa que costuma ficar aquecida no inverno e fresca no verão, o que dispensou a instalação de ar-condicionado ou algum sistema de aquecimento”, esclarece o profissional responsável.
O pé-direito duplo da cozinha confere aquela sensação de amplitude. Os móveis foram confeccionados sob medida por um artesão local e abrigam todos os utensílios dos proprietários, que adoram cozinhar. Para poupar, eles optaram por aplicar azulejos apenas na parede da pia e do fogão. Outro destaque é a coifa – sua chaminé foi revestida com as sobras dos batentes das esquadrias e ficou escondida, um charme à parte!
Para valorizar o espaço e o bolso
A escada foi desenvolvida com degraus feitos com toras de pínus cortadas ao meio. O modelo é 80% mais barato que um tradicional (de metal ou alvenaria) e ainda poupa espaço. “Nosso objetivo era aproveitar a área da melhor maneira. Foi uma ideia simples de se executar e que deu supercerto”, afirma Bressan. A estrutura conta com uma tora maior, que serve de apoio para todas as outras. O corrimão e o guarda-corpo foram encaixados e fixados com pregos diretamente nos degraus. A cozinha aberta para a sala de estar ajuda a valorizar a metragem. Assim, sobrou espaço para uma mesa de jantar. Os encaixes das madeiras ficam aparentes também no interior da morada e conferem um ar casual ao projeto.
Caixas de feira, que custam cerca de R$ 5 cada, criam um armário para mantimentos. Elas foram fixadas a uma estrutura de ferro. O m² do pínus, também usado no piso, custa R$ 80. Outras madeiras, como o ipê, ultrapassam os R$ 200.
Distribuição e estrutura
A divisão interna é simples – no pavimento inferior está a área social e no superior, os dois dormitórios e um banheiro. O forro inclinado do quarto do casal deixa evidente a estrutura usual de um típico chalé. O engenheiro optou por revesti-lo com lambris de madeira – o resultado é um pé-direito com cerca de 2,70 m de altura. As toras transpassadas ajudam a reforçar a estabilidade. Sob as camas há cestos de vime que acomodam utensílios. Um pequeno corredor leva ao outro quarto.
Portas e janelas também foram feitas com pínus e custaram 50% menos que os modelos de madeira maciça.
Até no banho
Madeira e água não combinam, certo? Errado! “O pínus pode ser usado tranquilamente em áreas molhadas, pois não absorve umidade. É possível lavá-lo sem preocupações”, comenta Bressan. A economia é grande, pois, com isso, foi preciso instalar azulejos apenas na área do box. Para poupar espaço no ambiente, a bancada está colocada no quarto do casal, fora do banheiro.
O forro foi revestido com lambris de madeira pínus, mesmo material usado para compor as telhas.
É possível colocar quadros na parede e até mesmo passar reboco para assentar azulejos ou outros materiais.
Fonte: Construir Mais Por Menos
Distribuição e estrutura
A divisão interna é simples – no pavimento inferior está a área social e no superior, os dois dormitórios e um banheiro. O forro inclinado do quarto do casal deixa evidente a estrutura usual de um típico chalé. O engenheiro optou por revesti-lo com lambris de madeira – o resultado é um pé-direito com cerca de 2,70 m de altura. As toras transpassadas ajudam a reforçar a estabilidade. Sob as camas há cestos de vime que acomodam utensílios. Um pequeno corredor leva ao outro quarto.
Até no banho
Madeira e água não combinam, certo? Errado! “O pínus pode ser usado tranquilamente em áreas molhadas, pois não absorve umidade. É possível lavá-lo sem preocupações”, comenta Bressan. A economia é grande, pois, com isso, foi preciso instalar azulejos apenas na área do box. Para poupar espaço no ambiente, a bancada está colocada no quarto do casal, fora do banheiro.
O forro foi revestido com lambris de madeira pínus, mesmo material usado para compor as telhas.
É possível colocar quadros na parede e até mesmo passar reboco para assentar azulejos ou outros materiais.
Fonte: Construir Mais Por Menos
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