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Oásis no quintal de casa

De estrutura simples, o lago artificial vai trazer tranquilidade e deixar o quintal muito mais refrescante.


O barulhinho da água e o saracotear dos animais aquáticos são, para a maioria das pessoas, um meio de encontrar a paz e a tranquilidade. Um lago artificial no próprio quintal é um mimo possível, já que sua estrutura não é complexa e, com certeza, pode dar aquele up no seu projeto de paisagismo. Por definição, um lago artificial é diferente de um espelho-d’água. O primeiro abriga vida aquática, como peixes, plantas e tartarugas, e, portanto, deve ter um sistema de filtração biológico e cuidados semelhantes aos de um aquário. Já o segundo se vale apenas do visual da água, que pode ser cuidada da mesma forma que tratamos a água de uma piscina. Para um projeto ideal, o terreno deve ser plano, distante de barrancos ou zonas baixas que possam ser alagadiças. É importante também evitar a construção sob árvores, pois folhas caídas podem apodrecer na água e, em excesso, alterar o pequeno ecossistema criado ali – ou as raízes podem afetar a estrutura do lago, geralmente feita de alvenaria.


QUADRADO DE MIRACEMA
Com 40 cm de profundidade, este lago, que saiu por cerca de R$ 6 mil, conta com saída de água e pontos elétricos para as bombas, filtros UV e iluminação subaquática (feita com projetores blindados e lâmpadas dicroicas 12 V). A estrutura é de alvenaria impermeabilizada com manta asfáltica, na qual foi aplicada também uma pintura impermeabilizante na cor cinza. “Com o tempo, o limo se impregna nas paredes e confere um visual mais natural”, conta Eduardo, que apostou no mesmo revestimento do quintal – pedra miracema – para o exterior e na pedra-madeira para fazer a decoração no interior do lago. As espécies de plantas utilizadas foram sombrinha chinesa (Papirus alternifolius), aguapés (Eichornia crassipes) e alface-d’água (Pistia stratiotes).




SOBRE O PISO
Com 3 x 1,3 m, este lago com cascata comporta 1.700 l de água. A construção foi feita sobre o piso existente, com alvenaria recoberta com pedras de morro (moledos), que dão o visual mais natural. “Tomamos o cuidado de garantir uma impermeabilização perfeita”, diz Ivani Kubo, a paisagista que assina o projeto. “O fundo é composto de massa de cimento. Quando a química sai, o lago forma um habitat propício para manter peixes ornamentais”, explica ela, que utilizou ainda uma bomba submersa para oxigenar a água, complementada por um filtro biológico com aparelhagem UV. “O sistema é necessário para que a água fique cristalina, pois, em contato com o sol, pode criar algas”, justifica. A profissional estima em R$ 16 mil os custos para a construção do lago, incluindo execução, materiais e o projeto de paisagismo em todo o entorno.



AO NATURAL
Para lagos inseridos diretamente no terreno, a compactação adequada da terra é fundamental e evita futuras trincas e vazamentos. Nesta casa de campo, a integração com a natureza do entorno era essencial, por isso foi escolhida uma forma orgânica para o lago, que ainda recebeu bordas de pedras brutas. Após a escavação, a estrutura foi executada com concreto armado, seguida de impermeabilização e revestimento com areia, pedras e pedriscos naturais. A oxigenação é feita com uma bomba, do mesmo tipo das utilizadas em grandes aquários, e pelas próprias plantas aquáticas incluídas pelo arquiteto André Rocha, autor do projeto. Segundo ele, a manutenção é bastante simples: deve-se manter a água sempre no mesmo nível e trocá-la caso fique turva.



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