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Deixe o frio de fora

Sistemas de aquecimento residencial aumentam conforto térmico na parte interna da casa, além de poderem auxiliar no aquecimento da água de consumo e de piscinas.

Texto: Helder Maldonado Fotos: Divulgação

Esta ilustração simula um raio-x do piso, revelando a instalação dos tubos elétricos de calefação

Ventiladores e condicionadores de ar são indispensáveis nas residências brasileiras. Afinal, o calor impera durante quase o ano todo. Mas, principalmente no sul e no sudeste, ocorrem longos períodos de baixa temperatura. E não adianta procurar aconchego contra o frio dentro de casa, pois grande parte das residências dessas regiões é construída sem sistema de aquecimento.

Ainda hoje, a atitude mais corriqueira para diminuir o desconforto climático dentro dos imóveis é recorrer a aquecedores portáteis, que são paliativos nessa luta contra o frio. Mas por que não instalar sistemas fixos de geração de calor, como pisos radiantes, condicionadores de ar com ciclo reverso ou radiadores de parede?

A resposta é simples: muitos proprietários os desconhecem ou imaginam que a instalação será muito dispendiosa. Dependendo do modelo escolhido, o custo-benefício pode mesmo não ser favorável. Contudo, uma coisa é certa: se houver arrependimentos e a instalação de sistemas de calefação for realizada após a finalização da obra, os gastos e as dores de cabeça poderão ser bem maiores. Abaixo, conheça os diferentes sistemas de aquecimento existentes no mercado nacional, suas indicações, vantagens, preços e onde encontrá-los.

Esquema de instalação de piso aquecido hidráulico da EMETTI, com aquecedor de passagem a gás
Piso radiante

Imagine a cena: do lado de fora da casa, 15º C ou menos. E, apesar disso, o clima interno está aconchegante e você ainda pode andar descalço sobre um piso aquecido. Pois é. O piso radiante possibilita esse conforto. Popular na Europa e com grande procura nas regiões serranas brasileiras, o sistema é moderno e o único que distribui calor de maneira uniforme pelo ambiente. Disponível nas versões elétrica e hidráulica, não emite ruído e custa menos de 5% do valor da obra - em média, R$ 130 o m² já instalado.

A versão elétrica é indicada para áreas de até 300 m². "Para sua instalação, é necessário que seja criado um projeto conjunto entre arquiteto, engenheiro e empresa especializada no sistema. Para colocação em casa já construída, o contrapiso específico aplicado sobre as serpentinas elétricas diminui o pé-direito em até 5 cm", declara Rodrigo Lopes, proprietário da Ateliê do Clima.


Qualquer revestimento pode ser colocado sobre o piso radiante, porém, é mais usual optar por cerâmicas e pedras. Esse sistema de climatização não produz ruído. Ao ser ligado, a manta de serpentinas calefatoras aquece o piso. Após 20 minutos, no máximo, o calor é expandido para o ambiente, fazendo com que o ar frio (mais denso) desça e o ar quente (mais leve) ocupe seu espaço. Além do piso, é necessário instalar reguladores de temperatura, termostatos e compactadores no quadro de energia. "Pode também ser aplicado em paredes para diminuir a umidade e o mofo", comenta Lopes.

Com um consumo de 100 kWh por m² (o equivalente ao gasto de uma lâmpada incandescente), manter o piso elétrico ligado durante quatro horas por dia (período de funcionamento suficiente para o sistema proporcionar um dia todo de clima aconchegante) em um ambiente de 100 m² pode aumentar a conta de luz em até R$ 200 no final de um mês. Segundo o fabricante, esse piso não exige manutenção e tem vida útil de até 50 anos.

Nos sistemas a gás, a caldeira é conectada aos pisos radiantes hidráulicos ou radiadores de parede e pode ser reaproveitada para o aquecimento da água de consumo ou de piscinas   Com o cronotermostato da Astra é possível fazer o controle das temperaturas do ambiente e do piso de maneira independente e a programação semanal, com ajuste de hora em hora



Fonte:  http://revistacasaeconstrucao.uol.com.br/



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